Professora Cíntia Pinho de I.W e P.A, responsável de monitorar e auxiliar na parte produtiva do site "New tales".
Professora Bárbara de Português e espanhol, responsável de ajudar nos textos dos contos, erros ortográficos, erros em gerais, para não ter nenhuma falha.
Este site é destinado para a apresentação de um trabalho multidiciplinar. Neste site será encontrado um total de seis contos feitos por 3 alunos em conjunto para ver mais sobre os alunos e sobre os contos clique nos botões abaixo Tenha uma boa leitura.
Este projeto faz parte da Unidade Escolar ETEC Prof. Maria Cristina Medeiros, acontece no 1° ano do Ensino Médio – Integrado ao Técnico em Informática Para a Internet, Desenvolvido de julho a setembro de 2021. O objetivo é trabalhar a interdisciplinaridade entre os componentes Língua Portuguesa e Desenvolvimento de Sites. A ideia é desenvolver a escrita por meio da narração, assim foram criados os contos literários. Além de tudo o foco é colocar em prática os conceitos aprendidos de HTML e CSS e gerar sites responsivos que se adaptam a diferentes tamanhos de telas.
Designer/Programador
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Era uma vez em um reino distante, um rei e uma rainha que tinham uma linda princesinha, eles a chamavam de Aurora. Para comemorar seu nascimento, todas as fadas foram convidadas a serem madrinhas. Cada fada, como um presente, deu à pequena princesa um presente especial. Exceto por uma fada má que não foi convidada. Esta última sabia que todas as outras fadas foram convidadas para festejar o nascimento da princesa Aurora, ou decidiram aparecer na festa e não deram um presente à princesinha, mas a amaldiçoaram: -Princesa Aurora, quando você tiver 15 anos ficará presa no fuso e morrerá! Todos no castelo ficaram muito deprimidos. Felizmente, uma fada amável que ainda não realizou seu desejo e não pôde impedir Aurora de se ferir pelo fuso, mudou o feitiço da fada do mal para que a pequena princesa não morresse, mas adormecesse profundamente. Este feitiço só pode ser quebrado depois de cem anos, quando um príncipe que estaria passando pelo, se apaixonasse pela princesa e a beijasse. Mesmo assim, o rei ordenou imediatamente a destruição de todos os fusos do reino para evitar que sua filha fosse ferida. Alguns anos se passaram, não havia nenhuma agitação na vida, e a maldição se tornou uma lembrança ruim. Em seu décimo quinto aniversário, a princesa brincando no jardim sentiu-se estranhamente atraída pela floresta. Lá, ela encontrou uma casa abandonada e decidiu entrar ... Na casa, ela encontrou um objeto pontiagudo que não reconheceu. - Que objeto estranho ... O que será isso? Incapaz de conter a curiosidade, ela o pegou e acidentalmente se picou! A pequena princesa adormeceu imediatamente A gentil fada encontrou a princesa adormecida, levou-a para o castelo e a colocou em sua cama real. A fada também decidiu deixar todos os habitantes do castelo adormecerem por cem anos. A lenda de uma bela princesa adormecida começou a circular pelo reino. Um belo dia, um jovem príncipe corajoso conseguiu caminhar pela densa floresta ao redor do castelo e descobriu que todos os residentes estavam dormindo. Depois de aprender sobre a lenda, ele foi ao quarto da princesa, encontrou a garota mais linda que já vira e não pôde evitar beijá-la. Nesse momento, a princesa acordou e todos os moradores também acordaram. A vida está de volta ao castelo! E todos viveram felizes para sempre.
Pedro estava olhando para o teto. Pela janela do quarto entravam as sombras dos carros que passavam pela rua. Ele estava de cama, com gripe, dor de garganta, moleza, febre. Ele queria estar lá fora, na quadra, jogando bola com os amigos. Por que não podia ser como o Bidogo, que nunca ficava doente? Ele podia ficar na sala vendo televisão. Mas a mãe tinha mandando que ficasse no quarto, debaixo das cobertas. Quem mandou você ser desobediente? O Bigodo miou estridente e se arrepiou todo, como se tivesse visto uma assombração. Pulou no colo de Pedro, tremendo. O dono do gato ficou com a barriga gelada. Ele não tinha falado aquilo. - Ó lorpa! - disse aquele alguém. Não reconhece a própria voz? Pedro tentou sair correndo do quarto, mais o seu corpo não obedeceu. O reflexo de seu corpo se mexeu, enfiou um dedo em cada olho e arrancou. Ele tentou raciocinar: - Se eu estivesse sem olhos, eu não estaria vendo isso... Aí ele viu os próprios olhos na palma da mão do reflexo! - Que loucura! Minha imaginação está zoando comigo! É a febre! Pedro tentou acreditar nisso, mais desistiu. Porque seu reflexo estava com dois buracos escuros onde antes estavam os olhos. E pelas paredes escorria sangue. E debaixo para cima! O menino deu um pulo, pegou o cobertor, cobriu o espelho. E ouviu: - Sai dessa! Você não vai me impedir! CRIC! Esse som fez o gelado se espalhar por todo o corpo. CREC! Aquela voz era dele, e não era, avisou: - Eu vou sair e barbarizar! Pedro olhou em volta pensando em pôr um móvel na frente do espelho, mais não deu tempo. Veio o terceiro e mais horripilante dos sons: CRÁS! E aí foi um silêncio tão forte que deu para Pedro ouvir as batidas do seu coração. Ele sentiu alguma coisa passar pelo teto do seu quarto. Mas, quando olhou, só viu as sombras dos carros. Pedro respirou fundo e puxou o cobertor que estava tapando o espelho. Ele viu a cama atrás dele, a janela, as sombras passando pela sua cortina.... E só. Como um vampiro, ele não estava mais refletindo no espelho! De olhos fechados, ele se apalpou para saber se ainda tinha braços, pernas e outras partes. E mais importante é que ficou aliviado, porque ainda estava tudo lá. Mas o alívio durou pouco. Quando abriu os olhos, viu o quarto como se estivesse dentro do espelho. Ele estava preso. E seu reflexo estava solto! Lá de fora vieram gritos desesperados da irmã, da amiga da irmã, e da faxineira. A porta se abriu. Sua irmã e a sua amiga entraram berrado, como se estivessem fugindo. Pedro tentou ir até elas. Mais bateu a cabeça no vidro do espelho. E sentiu vontade de gritar. Mas não saiu nada. As meninas berraram mais um pouco e desmaiaram. Pela a porta aberta Pedro viu passar a faxineira. Logo depois o machado do pai dele, passou zunindo na mesma direção. Que barulho foi aquele que Pedro ouviu? O machado cravando numa porta. Escureceu de repente, apesar de ainda ser dia. E o ar ficou gelado. Saiu fumaça de sua boca quando Pedro soltou um soluço doido. Sua mãe entrou no quarto. Ela também estava chorando. - Me ajuda, filho. Tem uma “coisa” solta em casa. Uma “coisa” que parece com você, mas que não é humana. Uma “coisa” assustadora, agressiva, violenta, assassina... Pedro tentou responder. Mas percebeu pelo rosto da mãe que a voz não passou pelo vidro do espelho. Ele viu a “coisa” entrando no quarto. Foi então que sua mente paralisou. Os ruídos de fora não entravam mais em seus ouvidos. Ele não conseguia mais pensar em nada e ao mesmo tempo, pensava em tudo. Se sua mente já era uma confusão como se fosse uma chuva, agora ela estava como um tornado. A “coisa” olha para Pedro e sorri. Enquanto seu sorriso se forma em sua face, o rosto e corpo que se pareciam com o do garoto, começam a se deformar. O sorriso se alarga mais do que é humanamente possível, os dentes se afiam, unhas se transformam em garras e seus olhos começam a chorar um líquido preto. - Olha o que temos aqui. – a criatura fala com uma voz demoníaca, fazendo o ar tremer e o sangue manchado anteriormente na parede, começar a escurecer. - Não... – Pedro diz em um sussurro quase inaudível, num pranto de medo e desespero. – Isso é impossível. - Parece que agora, meu criador não manda mais em nada. – uma risada assustadora invade o quarto, fazendo a tensão aumentar. - Cala a boca! Você não é real! Eu não te criei! – Sua voz trêmula ecoou pelo quarto, mais para ele mesmo do que para os outros. - Eu sou uma criação da sua imaginação. Você não matou toda a minha família? Agora a sua é que vai sofrer. O monstro olha para a irmã do menino e os olhos da mesma ficam negros. Em um piscar de olhos, seu braço é arrancado e o grito estridente da garota chega aos ouvidos de Pedro, o fazendo socar forte o vidro do espelho, inutilmente. - Maninho... – Sua irmã urra de dor enquanto cai no chão e o sangue dele ferve. Mas o que ele poderia fazer nessa situação? Não consegue nem sair dali, tampouco salvá-la. - Vamos acabar com isso. Estou ficando entediado. – A criatura ainda desconhecida se aproxima da amiga da irmã de Pedro e arranca sua cabeça com as garras, logo caindo no chão e faz o mesmo com a empregada. O demônio lambe o sangue nas garras e elas aumentam, tão afiadas quanto uma navalha. Seus olhos vão na direção da garota ensanguentada pela perda do braço e seu sorriso aumenta. Pedro arregala os olhos e lágrimas descem pelos seus olhos. Ele não poderia acreditar no que estava acontecendo. No verão passado, quando a internet caiu, o garoto ficou entediado e resolveu desenhar um cartoon. Aquele demônio era o personagem principal, que teve sua família morta e seus sonhos arrancados, logo se entregando à solidão. Não era possível que ele estivesse na vida real.Tudo era só uma imaginação, certo? Talvez um sonho. Tinha que ser. Não podendo controlar suas lágrimas enquanto o monstro se aproximava de sua irmã e lentamente, passa suas garras pelo peito dela. A garota se entrega ao destino em um grito agonizante quando ele coloca as garras dentro de seu peito e aperta seu coração, podendo ouvir o som dele explodindo. Jatos de sangue se espalham pelo quarto e os olhos da menina perdem a cor. - NÃO! – Pedro grita e um brilho reluz do chão. Suas lágrimas caídas começam a se materializar em formato de uma espada azul como gelo. Sem pensar duas vezes ele a segura e tomado pelo ódio, quebra o espelho com ela. - O que você... – O demônio diz com uma voz hesitante, dando passos para trás. O garoto anda em passos lentos. Seus sapatos ecoam no chão, fazendo um som mais agonizante do que a voz do próprio demônio. - Se afaste. – A criatura diz com medo, mas ele não para. Com ódio, rancor e tristeza em seus olhos, arranca a cabeça do demônio com a espada e aos poucos, o corpo dele se desintegra em cinzas. Pedro olha para o seu quarto. Nada mudou. Sua irmã continua morta com um rosto de pavor e as outras duas mulheres também. Ele sai do quarto e encontra sua mãe e seu pai jogados em uma poça de sangue, com as cabeças cortadas ao meio. Caminha até o balcão e pega a garrafa de whisky, logo a virando em sua garganta enquanto sentia o líquido descer queimando. Nada mais fazia sentido. - Droga. – ele resmunga enquanto joga ela no chão e ao olhar para frente, vê o seu reflexo. Cabelos castanhos bagunçados. Tênis, calça e jaqueta ensanguentados. Olhos sem vida. O garoto rapidamente se vira, sai de casa e com sua moto, vai até a ponte mais próxima, que possui uma linda vista para o mar. Ele estaciona a moto e vai até ela, olhando para o horizonte. Pedro passa o resto do dia olhando para o mar e o céu, até o pôr-do-sol. Quando o céu começa a contrastar com o sol, ele sobe em cima da barreira lateral da ponte, que a separa do mar e fecha os olhos, se jogando dali. Seu corpo encontra a água e afunda lentamente. Em um minuto, seu pulmão já não estava suportando mais, mas seu corpo não lutava, se entregava. Seus olhos vão se fechando e a única coisa que ele encontra, é a escuridão. Em pouco tempo, seus batimentos vão diminuindo, até parar e então sua vida se esvai. Uma vida que não fazia mais sentido.
Era uma vez uma fazenda onde todos esperavam o nascimento de um patinho cuja pata mãe podia aparecer a qualquer momento. Então, no dia mais quente do verão, minha mãe de repente ouviu a voz de "quac quac quac" Ele viu os patinhos se levantarem um a um e começaram a quebrar suas cascas. Exceto por um. -Isso é um ovo de peru! —— Uma velha pata disse para a pata da mãe. Quando ele finalmente saiu, ele foi visto como um pato completamente diferente dos outros. É grande e feio, não parece um peru. Não demorou muito para que os outros animais do galinheiro notassem sua aparência e rissem dele. Sua mãe o defendeu, mas depois de um tempo, ele não sabia o que dizer. O pato o mordeu, o peru o perseguiu e a galinha zombou dele. No final, até sua própria mãe achou que ele era um pato estúpido e feio e disse-lhe para ir embora. O pobre patinho ficou triste ao ouvir essas palavras e fugiu ante a recusa de todos. Ele finalmente encontrou dois gansos selvagens em um pântano. Embora eles se parecessem com ele, eles queriam ser seus amigos. Mas um dia, alguns caçadores apareceram e os levaram embora. Na verdade, Patinho tem quase tanta sorte quanto seu amigo, mas o cachorro o vê e decide não o morder. Ele continuou sua jornada e finalmente chegou à casa de uma velha que criava um gato e uma galinha. Mas como não podia botar ovos, o patinho teve que sair dali. Até uma noite de outono, ele olhou para o céu e viu um grupo de pássaros grandes e bonitos. Ele não sabe, mas eles não são apenas pássaros, são cisnes. Ele tentou ao máximo ser um deles, mas abriu os olhos e descobriu que ainda era feio. Depois do outono, veio o inverno frio e os patinhos passaram por muitos desastres. Em um dia muito frio, ele entrou na lateral e pegou um resfriado. Felizmente para ele, um fazendeiro o viu e o levou embora. Apesar do inverno rigoroso, ele sentiu fome e frio durante o período, mas conseguiu sobreviver até a chegada da primavera. Uma tarde, o sol começou a esquentar e ele decidiu ir ao parque apreciar as flores. Lá, ele viu dois pássaros enormes, brancos e majestosos no lago. Ele os viu voando no outono. Ele olhou para eles enfeitiçado novamente, mas desta vez ele teve a coragem de se aproximar deles. Ele voou para onde eles estavam e então chamou sua atenção em seu reflexo. Onde está a foto daquele pato grande e feio? Foi substituído por um cisne! Ele se tornou um cisne! Daquele dia em diante, o patinho teve toda a felicidade que a vida sempre tirou dele.
Depois de eu ter insistido muito, o tio Roger finalmente contou a história de quando ele e o Paulo se encontaram em sua pior missão. - Cinco anos após eu e o Paulo nos conhecermos, nós fomos em várias missões juntos. Entretanto, teve uma em a missão foi muito mais tensa do que todas as outras. “Nós fomos para um lugar afastado, um sítio muito bonito e consideravelmente grande. Lá fomos recebidos por um senhor e uma senhora. Eles perguntaram se queríamos dormir lá, então aceitamos e fomos dormir. Duas pessoas dormiam conosco no quarto e quando anoiteceu, eu e o Paulo fingimos dormir. No meio da madrugada, começamos a escutar passos. Pareciam ser cerca de quatro ou cinco pesssoas, todas caminhando juntas. Mesmo no escuro, consegui ver silhuetas de vários homens levando silenciosamente os outros dois que estavam dormindo. Assim que eles saíram, esperamos por algum tempo, até não conseguimos ouvir mais nada. Logo depois saímos das camas e nós preparamos para o pior. Após andarmos por algum tempo na escuridão, chegamos em lugar no fundo do sítio. Ele era bem escondido. Quando nós aproximamos se foi ouvido um barulho estranho, como se algo anormal, os sons de algo se aproximando era assutador, o chão tremia conforme a coisa se movia, eu não fazia ideia do que era, apenas de que era provavelmente grande, bem grande. Parecia que aquilo era lento ou caminhava com calma, ainda sem visão daquilo, Paulo sugeri para que tentemos evitar o barulho, concordo com a ideia dele e enquanto se escutava os pesados passos nós já estavamos procurando outra forma de chegar até o fundo do sitío sem chamar atenção, nós faziamos nosso pelo lugar, até que o barulho estava mais alto do que antes e o som dos passos era maior e mais rápido do que antes, ainda continuamos indo lento, para não chamar atenção, mas quando mais andavamos, mais perto era o som, quando pensei em começar a correr, eu estava escutando uma respiração muito próxima a mim, ela era pesada e lenta, estava muito escuro, não tava para ver nada, enquanto pensava o que fazer mais perto fica a respiração, mais alto se era o barulho que vinha daquilo, quase completamente desesperado, um grito pode ser ouvido na distância, a coisa em cima de mim começa a sair e então Paulo e eu conseguimos chegar a origem da criatura, no fundo do sítio, se tinha o casal de senhores estavam lá encapuzados, com sangue no que parecia ser uma espécie de símbolo no chão, além deles se tinha uma pessoa desmaiada e mais alguns encapuzados, todos iluminados por uma forte luz vermelha, eram poucos comparado ao o que eu imaginei que poderia ter, aproveitando que não se era possivel ouvir a criatura, rapidamente, eu e o Paulo fomos capa zes de chegar e desmaiar os dois idosos, que quando cairam ao chão, a luz vermelha cessou e um rugido de dor foi escutado.
Meu tio Roger tinha o costume de me contar histórias de terror sobre ele e seu amigo em lugares amaldiçõados. Em um certo dia, me contou como ele e Paulo se conheceram. - Há mais de dez anos atrás, eu era um menino inocente e achava que o mundo poderia ser bom. Infelizmente eu estava errado. Naquela época eu estava na faculdade e com o pouco tempo livre que eu tinha, praticava artes marciais, de nome “Kenjutsu”. Apesar de ser uma escola em uma parte pobre da cidade, era um lugar arrumado, muito bonito. Fazia pouco tempo que ela sido tinha aberta e eu era um dos primeiros alunos. Era um lugar legal, o professor era gentil, o que me fez ficar bastante tempo estudando. "No meu último ano de faculdade, bem no final do ano de 2001 (terceiro ano na “escola”) aconteceu algumas coisas estranhas. Alguns dos alunos começaram a tatuar alguns símbolos no corpo e todos aqueles que faziam, o professor os levava para uma sala nos fundos. Outra coisa estranha foi um aluno novo, o nome dele era Paulo. Era era alto, com cabelo e barba pretos. Parecia ser muito forte. Uma semana depois dessas coisas estranhas, em uma noite fria, muito solitária, eu fui para a ‘escola’, mas lá estava vazio, apenas com marcações pelo lugar, indicando uma sala. A misteriosa sala dos fundos. Comecei a escutar um barulho estranho vindo de lá. Era um som nojento e horripilante, acompanhado de uma espécie de rugido. Entrei em choque e corri para a porta da saída, mas estava trancada. Eu não conseguia mais entender nada e foi então que eu vi aquela criatura de pele vermelha, com dentes e garras enormes. Ela estava saindo da sala. Com medo, eu me escondi dentro de um armário aonde se guardava algumas coisas para o treino. Eu fiquei quieto enquanto ouvia aquela coisa, que andava pelo lugar procurando algo ou alguém. Com o coração acelerado, escuto um barulho diferente. Pow’ Foi um som de tiro. Após isso, ouço uma pessoa falar. - Sabia que isso iria dar errado em algum momento. Eu saí do armário e vi a grande figura do Paulo com uma escopeta na mão, atirando em uma das aberrações que estavam lá. Eu estava apenas assistindo ele atirar naquelas coisas que pareciam humanas, porém não eram racionais. Paulo ia lutando contra eles, mas chegou uma hora que começou a ficar encurralado, então eu, na tentativa de ajudar, pulei em cima de uma daquelas coisas com uma espada que peguei no armário e então eu tento a atacar. Na distração que eu causei, Paulo conseguiu acabar com aos outros que tinha antes de vir me ajudar. Depois disso, nós fomos até a sala dos fundos. Quando entramos, era uma visão terrível. O suposto professor estava desenhando no chão um símbolo, usando algo que parecia sangue. Senti um calafrio na minha espinha. Imagens pertubadoras vieram a minha mente. Era como se ela tivesse sendo corrompida, mas eu ignorei isso e comecei a olhar para o ‘professor’, que percebeu nossa presença. - Roger e Paulo, meus alunos... Me escutem! Não é tarde para você mudarem suas cabeças. Com isso que eu estou fazendo, nós podemos mudar tudo! Por favor não me traiam agora. Roger, você sempre foi um dos meus melhores alunos, não me faça mudar minha opinião sobre isso. - falou o ‘professor’ Antes mesmo de conseguir responder, Paulo falou : - Escuta aqui, não preciso ser um gênio para ver que você está errado. Olhe para o chão! Isso é o sangue dos alunos que você matou ou trasformou naquelas coisas, então pare de papo furado. As únicas coisas que você pode fazer é se render ou ir daqui direto para o caixão. Antes que qualquer um de nós três pudéssemos fazer algo, a cabeça do professor é explodida por um tiro que veio de trás de mim e do Paulo. Olho para trás e vejo um homem com um chapéu, casaco , calças e sapatos pretos e com uma arma na mão. Depois da adrenalina e de ver tanta coisa, minha cabeça não aguentou e desmaiei. Quando eu acordei, me encontrei em um lugar que não me era familiar, mas bem mais agrádavel do que a “escola”. Eu estava sentado em uma cadeira e na frente dela, estava o Paulo e um homem que parecia ter uns 50 anos e com o cabelo um pouco grisalho, assim como sua barba. Esse homem começa a me expilcar o que aconteceu naquela noite. Logo depois, me faz um convite inesperado. - Eu sou o Fire Mouse, hoje em dia lidero a organização 'Chama Paranormal', que luta contra tudo o que é paranormal, como aqueles monstros de ontem. Você gostaria de se juntar a nós? Quando ele terminou de falar, estendeu sua mão para mim, eu a peguei e agora estou aqui até hoje. Então, gostou da história, menino?”
Pingos de chuva caem pelas nuvens cinzentas, molhando o imenso lobo que estava cortando algumas árvores, fazendo sua camisa branca ficar transparente e rente ao seu corpo, dando uma incrível visão de seu corpo escultural. O lenhador era constantemente chamado de lobo pelo seu tamanho e olhar penetrante. Enquanto cortava as árvores, um barulho é escutado de longe, o fazendo parar de cortar e olhar para dentro da misteriosa floresta, avistando um vulto vermelho distante. Ele sempre se viu como um homem corajoso, porém, nesse momento, seus pelos se arrepiaram e seu coração disparou. O que era aquilo? A sombra se aproxima cada vez mais, revelando uma garota carregando uma cesta de palha e coberta por uma grande capa, vermelha escarlate. Seu machado vai de encontro ao chão, correndo em direção a menina. Ao chegar perto, sente um intenso cheiro de sangue misturado com a água da chuva. Um gosto metálico invade sua boca. Seus olhos vão para o rosto da moça, ensanguentados. Assim como o seu corpo. - Você está bem? – ele indaga, confuso. Os olhos da garota estão frios. O que havia acontecido? A menina levanta suas mãos, as colocando no rosto do lenhador. Mãos gélidas como o inverno. Com seu toque, um choque percorre todo o corpo do lobo. Seus olhos cor de cobre fitavam cada movimento daquela estranha, mas por algum motivo, não se sentia incomodado com aquele contato. Pelo contrário, seu sangue estava começando a esquentar, por algum motivo desconhecido por ele. Quando seus olhos se encontram, ele tem certeza. Ela não era uma garotinha indefesa. Era uma mulher, que parecia estranhamente determinada. - Chapéu, esse é o meu nome. – ela diz sorrindo para ele. Mas aquele sorriso... Tinha algo de errado. - Você está machucada? – ele questiona Chapéu. - Eu não estou machucada, mas cansada. Me perdi na floresta, teria algum lugar para eu me acomodar até essa chuva passar? – os olhos do lenhador brilham com a pergunta, ignorando a sensação de perigo iminente. - Se quiser entrar, minha casa é logo ali. – ela assente, então ele pega o seu machado e a acompanha até a simples casa do mesmo, no começo da floresta. Ao abrir a porta, o calor vindo da lareira invade seus corpos, os fazendo suspirar. A casa era simples e pequena, mas aconchegante. Existiam somente três cômodos, sendo eles o quarto, a cozinha e o banheiro. Todos devidamente limpos e bem cuidados, revelando um pouco da personalidade do lenhador. Organizado e atencioso. - Vou pegar uma toalha para você se secar. – ele diz e vai em direção ao seu quarto, deixando a misteriosa garota sozinha. Ela olha em volta, com o mesmo olhar frio de sempre, travando sua visão em um objeto da cozinha, logo o pegando e colocando no bolso interior de sua capa. Em pouco tempo, o homem volta vestindo uma roupa seca e com uma toalha nas mãos. – Quer tirar a capa? - Não precisa, estou bem. – a mulher diz, colocando a cesta de lado e pegando a toalha para se secar. – Obrigada. Enquanto ela se secava, ele se atentava aos detalhes da mulher. Olhos castanhos avermelhados, cabelos lisos e escuros de tamanho médio. Ela não era tão baixa, mas também não era alta. Sua altura deveria bater no fim do peito do lenhador. Seus movimentos eram calmos e tranquilos, mas por algum motivo, pareciam mortais. Isso fez os olhos dele brilharem ainda mais. Ela parecia um anjo. Ao terminar de se secar, ela estende a toalha para o lenhador, que se aproximou rapidamente dela. Os dois estavam tão perto que era possível sentir a respiração do outro em suas peles. Sem muito tempo para a sua consciência pensar, ele avança em direção aos lábios da menor, os tomando para si e a fazendo arregalar os olhos, mas logo corresponde, dando início a um intenso beijo. Ele segura suas pernas e a levanta, a sentando na mesa, mas sem parar o beijo, sentindo o doce gosto de seus lábios em contraste com os dele. Sua cabeça grita para que ele pare, mas seus instintos falam mais alto. Ele a aperta mais contra si, sentindo seu sangue ferver. Ela era como um afrodisíaco que o deixava louco, sedento pelo desejo de a possuir, ter aquela mulher para si. Ao se afastarem por falta de ar, ele fita seus olhos. Estavam brilhando com algo que ele não conseguia decifrar. - Quer ir para outro lugar? – ele sussurra, ainda ofegante. - Quero. – responde, então o maior anda para o lado, liberando espaço para ela descer da mesa, mas sem querer, esbarra na cesta que estava ao seu lado, a fazendo cair e derrubar o que estava dentro. Ao olhar para o chão, o lenhador arregala os olhos e se afasta de Chapéu. Isso não podia ser o que ele estava pensando que era. Ou poderia? - Você a descobriu mais rápido do que eu pensei, querido lobo. – seu tom mudou drasticamente, dando um ar irônico para a sua fala. Ela começa a sorrir. O mesmo sorriso de antes. Ainda atordoado, ele olha novamente para a cesta, mas principalmente, para o que a cesta tinha derrubado. Ele fecha e abre novamente os olhos para conferir que não estava enganado. Não, ele não estava. A sua frente tinha uma cabeça decapitada de uma senhora, que estava com olhar aterrorizado. - Não queira saber o que eu fiz com o resto do corpo. – ela diz lambendo uma faca manchada de sangue, tirada de algum lugar de sua capa. - Você a matou. – ele dá passos para trás, mas Chapéu logo se levanta, coloca a faca na mesa e vai até ele, passando sua habilidosa mão pelo peito do mesmo, o trazendo arrepios. - Eu vou fazer pior com você. Não acha divertido? – ela ri. Uma risada maníaca, psicopata. Quando o lenhador se dá conta, sente uma dor dilacerante na mão e ao olhar, seu polegar foi arrancado. Seus gritos preenchem o cômodo. – Nossa, não precisava gritar tanto, foi tão rápido que nem deu tempo de doer. Ele tenta a empurrar, mas ela desvia facilmente de suas mãos, assim como um peixe nada pelo mar. Ele não sabia o motivo dela estar fazendo isso, mas uma coisa era óbvia: ela sabia exatamente o que estava fazendo. - Você é entediante. Matar minha vó foi muito mais divertido. Ela gritava e saía correndo pela floresta. Foi uma caça interessante. Você não quer virar minha presa, lobo? – ele rapidamente tira uma adaga que estava presa em seu cinto e enfia na perna dela, sentindo a lâmina perfurar a carne. - Cala a boca. - Desgraçado. – ela soca o rosto do lobo, o fazendo tombar para trás. Isso deu tempo suficiente para Chapéu tirar a adaga de sua perna e em um movimento habilidoso, faz um enorme corte no abdômen do lenhador. – Pelo visto eu terei que apressar a sua morte. A culpa não é minha se você é irritante. Ele corre até o lugar onde deixa seus machados, pegando o maior e mais afiado deles. A assassina sorri com o ato. Um machado daqueles não a mataria. Ela pega a adaga e lambe o metal gelado. - Seu sangue é delicioso, posso provar mais? - Saia daqui, ou serei obrigado a te matar. - Você conseguiria fazer isso? – ela se aproxima dele e em um piscar de olhos, o machado cai de suas mãos e Chapéu o derruba no chão, subindo em cima do mesmo e segurando seus braços sobre sua cabeça, o impedindo de se mover. – Cadê toda a sua pose, lobinho? – ele tenta fazer força para se mexer, mas é inútil. Ela é muito forte. A menor tira outra faca de dentro de sua capa e sorri para o lenhador, demarcando com os dedos o caminho que ela irá percorrer com a lâmina, mas antes, segura o queixo dele com uma mão e passa a outra pela lateral da face do mesmo. - Cortar as pessoas... É tão relaxante. Mas vou deixar seu rosto inteirinho, já que uma beleza dessas é difícil de se encontrar. – ela lambe a bochecha direita dele que foi manchada de sangue pela da mão que a assassina acabou de passar e sem conseguir protestar, ele só aceita o destino. Chapéu passa a faca lentamente pelo braço do lenhador, sorrindo ainda mais ao ouvir os gritos incessantes dele. – Isso está sendo muito engraçado, mas talvez você grite mais de outro jeito. Ela tira um dos braços dele que estavam em cima da cabeça e coloca o cabo da adaga no chão, logo posicionando a unha do lenhador na ponta da lâmina. - NÃO! – o maior grita, tentando desesperadamente sair de lá. Como ele não estava conseguindo se soltar de uma mulher que nem estava o prendendo com as duas mãos? - Isso, lobinho. Grita mais. – assim que ela termina de falar, empurra a unha do homem para baixo, a arrancando e trazendo uma dor tão dilacerante que o faz urrar de dor, logo fazendo o mesmo com todas as outras. Ela ria enquanto praticava tal ato. Sangue escorria pelo chão e o lenhador estava cada vez mais fraco. Todos os cortes até agora não paravam de sangrar. Ele havia perdido muito sangue e o líquido estava sendo derramado por todo o lugar, mas Chapéu não pareceu se importar nem um pouco de estar melada com todo esse fluído. Ela vê alguns pregos do lado dela e gargalha. Aos poucos, começa a pregar um por um na pele do maior, principalmente nas laterais. O homem soltava lágrimas de dor e gritos sufocantes. Até quando ela ia continuar? Até quando ele iria aguentar essa tortura? - Estou inspirada para a arte agora. Vamos desenhar? – ela tira outra faca de trás da capa, uma que tinha pegado da própria cozinha do homem. A mulher tira a camisa dele e sorrindo, começa a fazer desenhos em seu abdômen, utilizando a faca. Ela nunca se cansava de ouvir os gritos dele e estava pensando se o deixava viver só para ouvir um pouco mais. Eram os melhores que ela já tinha ouvido. Ao terminar a obra de arte, o lenhador já não tinha mais voz para gritar e aos poucos, foi perdendo tanto sangue que seus olhos estavam quase sem cor. Chapéu sorri. Mesmo querendo que aquelas mãos tivessem percorrido mais pelo seu corpo, não tinha nada melhor do que ouvir aqueles gritos e provar daquele sangue. Quando ele fecha os olhos e já não tem mais reação aos cortes, ela sabe que é a hora de ir embora, afinal, toda essa tortura demorou mais de duas horas. Ela também estava cansada. A menor se levanta para ir embora, mas quando se vira, ela sente uma forte dor nas costas. Chapéu arregala os olhos e se vira, encontrando o lenhador praticamente sem vida com o machado em mãos, pingando sangue. Foi sua força de vontade que o levantou. Ele não tinha condições para isso. - Eu disse... Que te mataria. – os olhos de Chapéu perdem totalmente o brilho e a cor, a fazendo cair, sem vida. Foi um golpe fatal. O lenhador sorri e logo cai no chão. Algumas horas depois, a porta é aberta e um policial entra. - Parece que cheguei tarde demais, as pistas demoraram para me trazer aqui. Pelo menos esse homem fez um bom trabalho e conseguiu matar essa mulher. – o policial diz ao examinar o local e começa a falar e anotar em sua caderneta. – Elizabeth Harris, mais conhecida como Chapeuzinho Vermelho, assassinou 50 pessoas no último ano e matou toda a sua família. Morreu no dia 10 de novembro de 1932, por sua vítima. Caso finalizado. – ao relatar em sua caderneta, o policial sai, batendo a porta. Talvez em outra vida eles consigam ser felizes para sempre.